Face às previsões do IPMA para os próximos dias, com temperaturas a atingir os 40°C em várias zonas do interior e vento intenso, a Cruz Vermelha Portuguesa reforçou a sua resposta de emergência a nível nacional. Com o Perigo de Incêndio Rural entre os níveis elevado e máximo nas regiões Norte, Centro e Algarve, a CVP já se encontra no terreno a prestar apoio em várias frentes, assegurando cuidados pré-hospitalares, transporte de doentes e assistência direta às populações afetadas.
A CVP tem equipas de emergência pré-hospitalar, logística e alojamento de emergência mobilizadas para apoio contínuo nos incêndios em Ponte da Barca, Penamacor, Alcanede, Melres e Alvarenga. Em simultâneo, tem meios humanos e técnicos de prevenção, posicionados estrategicamente nas zonas de maior risco - especialmente nas regiões Norte e Centro, que a qualquer momento poderão ser acionados.
Para além dos veículos de socorro e das viaturas destinadas ao transporte de doentes, a Cruz Vermelha Portuguesa disponibiliza também estruturas de acolhimento com capacidade para receber dezenas de pessoas que necessitem de ser evacuadas, bem como para garantir o descanso dos operacionais no terreno. Tal como aconteceu na resposta aos incêndios de 2024, a CVP assegura ainda a distribuição de kits de primeiros socorros, de higiene e de alimentação, essenciais para a recuperação imediata e a manutenção do bem-estar de todos os que se encontram a combater os incêndios.
A Sala de Operações Nacional da CVP foi igualmente reforçada, para assegurar uma coordenação eficaz, em tempo real, de todos os pedidos e ocorrências que surjam a nível nacional.
"As equipas da Cruz Vermelha Portuguesa estão totalmente mobilizadas, num esforço coordenado e contínuo para dar resposta às exigências neste momento crítico que o país enfrenta. As previsões meteorológicas para as próximas horas são críticas impõem prontidão máxima. Estamos no terreno, ao lado das populações e dos operacionais, com a missão de proteger vidas e apoiar quem mais precisa. Para além da resposta de emergência, a nossa presença representa um compromisso firme e duradouro com as comunidades que servimos", destaca Gonçalo Órfão, Coordenador Nacional de Emergência da CVP.
A exposição ao fumo dos incêndios pode causar sérios problemas respiratórios, como dificuldade em respirar, tosse, pieira, irritação ocular, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, tonturas ou desorientação. Crianças, idosos, grávidas e doentes crónicos estão especialmente em risco.
Sempre que possível, deve:
- Permanecer em casa com portas e janelas fechadas;
- Utilizar toalhas húmidas nas frestas e panos molhados para respirar melhor;
- Evitar esforços físicos e a exposição ao calor;
- Manter a medicação habitual por perto;
- Beber água com frequência;
- Evitar fumar ou usar produtos que irritem as vias respiratórias.
Reconheça também os sinais de alerta: dificuldade em respirar, dor no peito, confusão, fadiga intensa, febre ou queimaduras. Em caso de necessidade, contacte o SNS24 através do 808 24 24 24.
Neste momento, a Cruz Vermelha Portuguesa reforça o apelo à população para que adote comportamentos responsáveis, evite a utilização de fogo e siga rigorosamente todas as orientações das autoridades competentes. Num contexto de condições meteorológicas extremas, a prevenção e a colaboração de todos são fundamentais para evitar consequências mais graves.