Mais de uma centena de operacionais já passaram pelo primeiro REST SPACE, ativado em Ponte da Barca.

 Perante a persistente vaga de calor e a multiplicação de frentes ativas em todo o país, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) reforçou o seu dispositivo de apoio humanitário com a ativação de uma segunda unidade REST SPACE, agora no distrito de Vila Real. Esta infraestrutura, tem o propósito de garantir condições dignas de descanso, higiene, alimentação, apoio psicossocial e recuperação física aos operacionais envolvidos no combate aos incêndios florestais.

A necessidade de reforçar este apoio de retaguarda justifica-se pela intensidade da resposta exigida no terreno, num contexto de elevada exaustão física e emocional dos profissionais envolvidos. Só no primeiro REST SPACE, ativado em Ponte da Barca, já passaram mais de 100 operacionais, com rotatividade contínua, demonstrando a pertinência desta resposta.

“Estamos a viver um período especialmente exigente, em que muitos operacionais estão há dias consecutivos no terreno, sem pausas adequadas para recuperar. Os Rest Space são uma resposta de retaguarda para a necessidade vital de garantir que, quem combate os incêndios na linha da frente, tem um espaço digno, seguro e estruturado para a sua recuperação”, sublinha Gonçalo Orfão, Coordenador Nacional de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa.

Os REST SPACES integram uma resposta estratégica da Cruz Vermelha Portuguesa, possível graças ao apoio da Missão Continente, numa lógica de articulação entre entidades públicas e privadas. Cada unidade tem capacidade para acolher até 100 operacionais em simultâneo e 500 em regime rotativo, funcionando como uma verdadeira zona de retaguarda nos teatros de operações.

A Cruz Vermelha tem garantido uma resposta eficaz, articulada e integrada no dispositivo nacional de proteção civil, com  presença em 8 teatros de operações e o envolvimento de:

• Cerca de 120 operacionais no terreno e 17 elementos de ligação operacional;
• 26 assistências realizadas, incluindo 4 evacuações preventivas;
• 82 ambulâncias de socorro envolvidas;
• 6 viaturas de transporte de doentes, 3 torres de iluminação, 1 centro de coordenação;
• 19 Estruturas da CVP acionadas, com equipas de prevenção operacionais 24h/24h;
• Sala de Crise Nacional ativa desde 29 de julho, em funcionamento contínuo.
• Montagem de 2 unidades REST SPACE (Ponte da Barca e VIla Real) e 2 estruturas de alojamento de emergência preposicionadas.
  

Com as temperaturas a subir nos próximos dias e o risco de incêndios a manter-se elevado, a CVP reforça o seu compromisso em estar presente onde mais é preciso. Esta resposta humanitária faz parte de uma estratégia mais ampla de adaptação às alterações climáticas e aos fenómenos extremos que delas decorrem, colocando sempre as pessoas no centro -  sejam comunidades afetadas ou operacionais exaustos. Redobrar cuidados, proteger vidas e garantir dignidade no terreno é, mais do que nunca, uma prioridade.